19 de novembro de 2008



“Não rimarei a palavra sono

Com a incorrespondente palavra outono.

Rimarei com a palavra carne

Ou qualquer outra, que todas me convêm.

As palavras não nascem amarradas,

Elas saltam, se beijam, se dissolvem,

No céu livre por vezes um desenho,

São puras, largas, autênticas, indevassáveis.

[...]"


Carlos Drummond de Andrade
-A rosa do povo

Nenhum comentário: